segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Escolas de São Luís estão no alvo da violência.



As rondas no colégio Cintra serão intensificadas e a Unidade de Ensino Básico Tancredo Neves, na Cidade Operária terá ação reforçada da polícia. As unidades sofreram com a violência e os assaltos, sendo que no entorno do Cintra são constantes roubos a estudantes; e a UEB, no início da semana, foi invadida por suspeitos que intimidaram alunos e funcionários. As diretorias das unidades pediram mais segurança. Registros deste tipo vêm aumentando nas áreas escolares, segundo o comando do Grupo Especial de Apoio às Escolas (Geape) da Polícia Militar. Neste primeiro semestre foram registrados 1500 ocorrências em escolas na Grande Ilha. O mês de maio foi o de mais casos com 306. Os casos envolvem agressões física e verbal, ameaças, indisciplina e furtos. O número ainda é menor que o do mesmo período do ano passado com 2531 registros, tendo sido também o mês de maio o mais violento, com 615 casos. Em todo o ano passado as escolas computaram 3693 ocorrências.

“As ocorrências a estas escolas serão verificadas e vamos tomar providências”, garantiu o chefe do setor de comunicação social da Polícia Militar, tenente-coronel, José Ribamar Pereira da Silva Filho. O comandante destaca o grande volume de jovens estudantes que vêm de bairros do entorno e a concentração de comércios informais atraídos por esse fluxo, contribui para o índice de ocorrências e requerem maior segurança. “O comando tem prestado atenção especial para essa área, que é muito abrangente”, afirmou. Segundo ele, há uma viatura do 9º Batalhão que se fixa nas proximidades do Cintra, mas, por atender todo o conglomerado de bairros do entorno, ao ser acionada se desloca deixando a área descoberta.

O serviço de inteligência da PM também integra a ação monitorando a área a fim de coibir a venda de drogas aos estudantes. “Temos uma demanda muito grande para a estrutura”, ressalta. O que reflete nas ações do programa, que vêm sendo realizadas com dificuldades pela deficiência em estrutura e equipamentos. Das dez viaturas que atendiam o programa, apenas três estão em operação – as demais, foram encostadas por desgaste e sem condições de uso.

“Infelizmente, não temos condições de cobrir toda a área de abrangência, então, damos a atenção à medida que surgem as ocorrências e intensificando as ações nestas áreas”, pontuou o comandante. A previsão é que mais quatro veículos sejam incorporados às atividades e distribuídos na base da zona rural (2), uma em cada um dos cinco batalhões (São José de Ribamar; Cidade Operária; Liberdade e entorno; Cohab e entorno; Coroadinho e entorno) e uma na coordenação geral do Geape para acompanhamento dos serviços.

Prevenção e educação
O Geape é o policiamento específico para atuar nas escolas e foi criado para policiar e educar. O objetivo é que o Geape se transforme em Batalhão, dessa forma aumentaria o efetivo. “O secretário de Segurança nos garantiu uma nova viatura a cada Unidade de Segurança Comunitária (USC) criada. O que somará para uma atuação mais eficaz”, informa o comandante. Uma destas será a da Divineia, onde foi criada uma USC. O Geape atua com 32 homens para toda a comunidade escolar da área metropolitana (rede pública municipal, estadual, particular e escolas comunitárias).

Entre as ações estão prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs/Aids) e palestras anti-drogas. Entre os temas das palestras estão segurança nas escolas, bullying, violência, drogas, indisciplina e ações do Geape. Para reduzir as ocorrências em escolas públicas, o Geape realiza, em média, 60 visitas diárias com apoio de viaturas. O grupo realiza ainda abordagens fora da escola e dentro, desde que solicitada pela direção. O Geape atua desde 1998 em escolas da rede pública situadas na Região Metropolitana da Grande Ilha (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa).

Fonte: O Imparcial

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