A cultura da morte - Bem vindo a Central do Maranhão

Por Jadson Carvalho.

Gosto muito de conversar com meus professores do passado, principalmente com aqueles que eu mais me identifiquei. Numa conversa com a professora Concita - hoje diretora da Escola Estadual C. E. José Roberto Viana- pude observá-la comentar sobre um assunto interessante. Não pensem que foi um comentário sobre língua portuguesa, também não pensem que foi comentário de outra matéria secular. Foi muito mais que isso. A minha amiga diretora do Roberto Viana falou-me sobre a cultura da morte. Mas o que de fato é isso? A professora Concita é uma senhora muito inteligente e de uma moral excelente aqui em Central, por isso, vale prestar atenção nos detalhes da conversa.

Depois de passar um carro anunciando uma festa (o que já se tornou comum em Central), a professora passou a me dizer: Essa é a cultura da morte, uma cidade que só há anúncios de festas de reggae, influenciando a prostituição e conseqüentemente abortos. Em Central do Maranhão já existem inúmeros casos de aborto. Guardei suas palavras e fiquei o dia a refletir sobre elas.

Em Central do Maranhão a circulação de Carros de som como esse acima anunciando festas já virou rotina.

A população e principalmente as autoridades ainda não descobriram o que deve ser feito para que uma sociedade viva plenamente bem. O conceito de viver plenamente bem está se perdendo a cada dia que o pós-modernismo vai se desenvolvendo. Viver feliz e tranqüilo passa a ter um status bem mais elevado. Na visão pós-moderna, só vive plenamente bem, quem tem carro, casa boa, fazenda e etc. Há um caminho que podemos seguir para vivermos plenamente bem: a educação, um bom relacionamento com as pessoas que moram ao redor de nós ou na mesma cidade. Segundo Aristóteles, a educação é fundamental, uma vez que desenvolve a segurança e a saúde do Estado. Assim, a educação, para ele, tem por fim a cidade perfeita e o cidadão feliz. Mas, de qual educação este filosofo se referia? Não é aquela educação que vem sendo promovida hoje no Brasil. Uma educação que a cada dia retira limites para os alunos e joga toda carga nas costas dos educadores. Como o escritor Augusto Cury costuma dizer, os jovens hoje tem estudado matemática e Língua Portuguesa, mas não tem compreendido o mundo em que vivem, conseguimos enxergar átomos, mas não conseguimos enxergar a dor do outro, exploramos o mundo de fora, mas não o mundo de dentro de nós mesmos.
Voltando ao assunto inicial. A cultura da morte. Aquela conversa me chamou a atenção. E passei a observar Central do Maranhão. Uma cidade com pouco mais de 7.000 habitantes. Cidade que até 7 anos atrás sentíamos prazer em morar. Quando acontecia qualquer roubo ou morte, considerava-se um absurdo pela população era algo espantoso! Hoje, Central tem o maior índice de criminalidade da baixada, possui apenas 2 policiais e uma viatura, que indefesos, preferem ficar dormindo no posto policial que tem nesta cidade, (Obs.: Posto policial não é delegacia). Até latrocínio já aconteceu aqui. Recentemente dois bandidos numa moto mataram um camelô da Paraíba, que fazia seu serviço aqui nesta cidade, depois de roubar a quantia equivalente a sete mil reais, tiraram sua vida com um tiro no peito, Sem falar nos inúmeros assaltos às casas que vem ocorrendo todos os dias por aqui. 

Integrante do Tráfico da Maiobinha conhecido como "Play", preso em São Luís portanto alguns tipos de drogas e suspeito de ter cometido o recente latrocínio em Central.

Aborto, prostituição, latrocínio, roubo à bancos, assaltos aos motoristas, casas roubadas, tráfico de drogas, esta é a rotina de Central do Maranhão na atualidade. Ah se fosse o contrário. Como diz a música dos meus amigos Michael Max e Elinaldo, “tanto drama, morte e luto, família em desespero a cada segundo, tudo mudado, tudo diferente, me mostre uma família feliz sendo carente”. Eu fico me perguntando: Porque as pessoas desta cidade não almejam uma formação intelectual? Porque o banditismo tem influenciado esta cidade?
Enquanto nossa cidade viver debaixo do jugo das drogas e festas de reggae, só haverá luto. Luto Espiritual. O povo clama por mudanças na cidade. Mas a principal mudança que deve acontecer, é as famílias sendo restauradas para Deus. Não adianta falarmos de mudança na família e esquecermos Deus.
As festas, principalmente o carnaval vem influenciando gravidez na adolescência. Drogas e as DST’s vêm aumentando a cada dia. Há quem comente que na nossa cidade já existem mais de 100 casos de AIDS. Que cultura é essa se não de morte? Várias meninas dentre os 15 e 17 anos já foram no hospital se tratar depois que realizaram aborto e quase morreram. Que cultura é essa? Até então Central é conhecida como uma cidade violenta, perigosa.

O aborto

Fotos de  crianças massacradas em uma clínicas de aborto.

O aborto por sua natureza é o maior crime que uma mulher pode cometer. As abortistas que defendem esta prática, dizem que o corpo é delas. Sim. Mas a vida pertence às crianças que são massacradas. Diariamente, são realizados milhares de abortos no Brasil, e mais de 44 milhões no mundo inteiro. Crianças são despedaçadas e cruelmente mortas, e é triste saber que Central já faça parte deste processo ajudando o mundo a caminhar para um controle de natalidade matando os inocentes. Como disse Ronald Reagan, presidente dos Estados unidos em 1984, “só defende aborto quem já nasceu”. Vou terminando por aqui, pois o texto já está extenso. Continuamos outro dia...

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