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de abril de 2015, mais de dois anos depois da vitória do então prefeito
Benedito de Sousa Barros, infelizmente o município de Central do Maranhão vive
aos moldes do coronelismo. Depois de uma campanha quente, quase que pegando
fogo, onde brigas e xingamentos eram quase que um decreto entre os dois grupos,
o grupo que passara anos fora do cenário político daquela cidade, voltou ao
poder. Uma vitória aclamada por muitos, inclusive por mim. Para a maioria dos
centralenses a cidade agora iria entrar em uma nova era, seria o fim do descaso
na segurança e da palhaçada que acontecia na saúde pública, enfim estávamos
livres da corrupção e do descaso, daquele dia em diante a prefeitura se
tornaria um lugar de pessoas virtuosas e honestas. Ledo engano, ou como diria o
compadre Washington: “Sabe de nada inocente”.
O
governo do ex-prefeito Irã Monteiro não foi um mar de rosas, falhas na
administração, principalmente na saúde, era um fato, o nepotismo (termo
utilizado para designar o favorecimento de parentes ou amigos próximos em
detrimento de pessoas mais qualificadas, geralmente no que diz respeito à
nomeação ou elevação de cargos. A propósito, é crime! O artigo 37 da
constituição Federal condena tal prática) era algo comum, logo apareceram
críticos que usavam as redes sociais para mostrar sua indignação contra o
ex-prefeito Irã (este blogueiro que vos fala, era um deles, mas isso é assunto
para um outro Post).
A
prefeitura de Central não era das melhores e mais justas, porém nada comparado
ao que se tornou hoje com o mandato do atual prefeito Benedito Barros, senhor
já de idade, que ao meu ver, se preocupa com melhores condições para sua
cidade, mas na idade em que está é impossível tomar as rédeas da situação. Atualmente
quem governa naquela cidade são seus filhos, os mandachuvas do pedaço, aqueles
que empregam e desempregam, os que dão a última palavra e ai de quem descordar.
Assim como na gestão passada, o nepotismo também se tornou comum para a gestão Barros, parentes, amigos e companheiros políticos foram os primeiros a serem empregados, na antiga gestão, o grupo Barros fazia oposição ao prefeito Irã, criticando tais práticas, por ironia do destino (ou seria hipocrisia mesmo?) acabaram repetindo os mesmos erros que a administração passada, e o pior, conseguiram trazer novos erros, se tornando em muitos aspectos, piores que seus antercessores.
Assim como na gestão passada, o nepotismo também se tornou comum para a gestão Barros, parentes, amigos e companheiros políticos foram os primeiros a serem empregados, na antiga gestão, o grupo Barros fazia oposição ao prefeito Irã, criticando tais práticas, por ironia do destino (ou seria hipocrisia mesmo?) acabaram repetindo os mesmos erros que a administração passada, e o pior, conseguiram trazer novos erros, se tornando em muitos aspectos, piores que seus antercessores.
Central
passa por uma fase de trevas, existe um contraste maquiavélico nos empregos
públicos, alguns funcionários são mal pagos, dividem um mísero salário mínimo, e
quando se cansam de tanta exploração, simplesmente são demitidos (é proibido
reclamar), enquanto outros, de cargo mais elevado, literalmente recebem sem
trabalhar! E eu não estou falando de ajudas da prefeitura, estou falando de
pessoas que estão empregadas em determinada função, recebem seu salário, mas
não trabalham. Geralmente tais pessoas são parentes do grupo político que está
no poder ou pessoas que prestaram favores ao grupo em tempos de campanha, afinal
nenhuma aliança política partidária é feita sem que aja troca de favores, tudo
isso é claro, usando dinheiro público, para ser mais claro ainda, o MEU e o SEU
dinheiro.
Me
dói a alma ver meus conterrâneos sendo humilhados por um grupo político, não
posso mais ficar apenas observando, já observei demais, a situação está cada
vez pior! Central do Maranhão sempre foi uma cidade pobre, e acima de tudo, lar
de um povo desinformado, não há muita opção de emprego, a maioria dos jovens
viaja para fora da cidade em busca de emprego ou de um curso superior (eu sou
um deles), aos poucos jovens que querem continuar morando na cidade depois de
terem concluído o Ensino Médio, resta os empregos em pequenas lojas, a lavoura,
ou os empregos da prefeitura, em um lugar com essas condições os candidatos tem
uma facilidade tremenda em comprar votos. Um povo pobre e sem informação vende
a dignidade por um salário mínimo, e sem pensar duas vezes defende o seu
próprio algoz, grita, briga, esperneia e luta para defender seu opressor,
afinal de contas, “ele rouba mas faz, que se dane a nossa saúde, segurança e
educação, o importante é que este colocou comida na minha mesa”. É este o
discurso que se ouve em todo o Brasil, e em Central não é diferente, políticos
continuam usando a miséria e a falta de informação de um povo para dominá-lo. Lamentável.
O
que se vê em Central do Maranhão é um retrato claro da política brasileira,
onde o grupo político que está no poder manda e desmanda na cidade, cidade esta
que é do povo, prefeito nenhum é dono da cidade que governa, toda autoridade
demanda do povo, e tudo que eles querem é que o povo não saiba disso.
Tenho
me espantado com o número de reclamações envolvendo a prefeitura de Central, além do descaso com o pagamento dos funcionários públicose da falta de água em alguns bairros, hoje fui informado por um amigo sobre umas supostas mudanças que foram feitas
na educação, sendo que os salários dos professores iriam ser drasticamente
diminuídos! O que é um absurdo, não se pode ter um bom governo se a educação
não é prioridade, no nosso país professor ganha pouco para exercer uma função
de extrema responsabilidade, afinal, são eles que educam o médico, o policial,
o advogado, e os próprios políticos. Um governo que não valoriza o trabalho do
professor está no mínimo mal-intencionado, e não merece meu respeito.
Lembrem-se, um povo bem-educado não elege corruptos, logo, é de total
importância para os corruptos que não se invista na educação.
Em
defesa da oligarquia, viva a Lobinho!
Quem
não se lembra que na eleição passada o grupo do atual prefeito de Central, saiu
ás ruas pedindo à eleição do candidato da família Sarney para governador? O
“Lobinho” foi aclamado pelas ruas da cidade em uma animada carreta com direito
a foguetes, bandeiras e muita gritaria. Me doeu os olhos ver a juventude sendo
usada como massa de manobra, lotando os carros em troca de alguns litros de
vinho. Faço uma pergunta a vocês, centralenses aliados ao prefeito: Como vocês
tem coragem de apoiar o candidato de um grupo que dominou o Maranhão durante 50
anos? Uma família que se tornou dona do estado, dominando as maiores empresas e
os cargos políticos, mais parecendo uma capitania hereditária. Sendo uma
verdadeira oligarquia! Vocês não têm vergonha na cara não?
A
quadrilha família Sarney governou o Maranhão durante 50 anos! Isso mesmo,
meio século de governo de uma única família! É, a oligarquia ainda existe, e no
miserável Maranhão, tem o apoio de quase todos os prefeitos, incluindo é claro,
o atual prefeito de Central, Benedito Barros e seus filhos, não, não está
errado caro leitor, este é o prefeito de Central, “Benedito Barros e seus
filhos”, exatamente assim como está escrito. Durante a carreata de apoio ao
candidato “Lobinho”, eu pude ver uma das cenas mais deprimentes da história da
política naquela pobre cidade, estudantes ainda com uniformes da escola
entrando em carros e subindo em caminhões com bandeiras e provavelmente, muita
bebida alcóolica. E eu pensando que os jovens estudantes de Central trariam um
futuro diferente para nossa nação. Pelo visto, pensei errado. Mas voltemos à quadrilha
família Sarney e seu (des)governo no
Maranhão; Só José Sarney (PMDB-AP), sua filha, Roseana (PMDB-MA) e o hoje
ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, somados, governaram por SEIS
MANDATOS. E, além de ser o campeão dos Estados cujas cidades não sobrevivem sem
o Bolsa Família, o Maranhão é o pior em quase todos os indicadores sociais —
analfabetismo, falta de saneamento básico, mortalidade infantil, criminalidade e
tantas outras mazelas! Enfim, por um lado o Maranhão vive a perpetuação da
miséria, sendo um estado totalmente dependente do Bolsa Família mas, por outro
lado, a família dos Sanrneys levam vida
boa, no mais completo conforto. Vejam um vídeo onde o Blogueiro Ricardo Gama fala
dos patrimônios dos Sarneys:
Para maiores informações leiam o livro "Honoráveis Bandidos" talvez tem em PDF, digitem no Google.
A
culpa é de Irã?
Outra
mentira entre tantas contadas para o desinformado povo de Central, é a de que
toda a culpa do que está acontecendo na cidade é do ex-prefeito Irã Monteiro,
quando questionados sobre os salários atrasados ou qualquer outro assunto
envolvendo a administração, o primeiro argumento é colocar a culpa na gestão
passada, afinal, para quê procurar culpados na gestão atual e tentar resolver o
problema? É bem mais fácil dizer que o fantasma do ex-prefeito ainda assombra a
prefeitura, assim a turminha do prefeito ficará imune à toda e qualquer culpa e
ainda serão vistos como bons samaritanos que estão se esforçando para consertar
os erros da gestão passada. HIPÓCRITAS! A maioria deles que estão na
administração daquela cidade não fazem ideia do que estão fazendo, só sabem de
uma coisa, 4 anos passa rápido, com isso em mente, enrolam a população com a
mesma desculpa que Adão deu quando interrogado por Deus logo após comer da
fruta proibida, assim como Adão botou a culpa em Eva, botam a culpa no ex-prefeito
Irâ Monteiro, veremos até quando esta história vai durar, uma hora o ouvido
cansa. O curioso é que os salários cortados nunca são os dos vereadores, ou do
prefeito, e que tal dos secretários? Nem pensar, afinal, estes são da cúpula,
são os primeiros a mamar, os que tem acesso direto às tetas, esses não podem
ficar sem o leite. Então diminuam o salário dos professores, afinal, tudo que
eles fazem é criar mentes pensantes, e isso é o que o governo mais tem medo;
Pensadores.
Depois
dessas informações eu pergunto novamente: Alunos, professores, vereadores e
moradores de Central do Maranhão, como vocês tem coragem de apoiar esse
pessoal? Vocês não têm vergonha na cara não?
Infelismente
essa não é uma realidade exclusiva de Central, muitos municípios também sofrem
do mesmo problema, descaso, desonestidade, corrupção e mentiras, muitas
mentiras. Afinal o que esperar de um país onde um partido que elegeu dois
presidentes à base de mentiras está há doze anos no poder? A proliferação da
mentira, nada mais.
Tendo
em vista que esta postagem já está extrapolando os limites da tolerância dos
centralenses quanto ao tamanho dos textos, e como minha intenção é que leiam
(embora saiba que a maioria sentirá tédio ou preguiça na metade do texto),
ficarei por aqui. Talvez escreverei novamente, talvez não, agora cabe a vocês
refletirem sobre o que disse. Sejam críticos, vejam a situação em que vivem,
lembrem-se que vocês são os donos de Central! Você cortador de cana, lavrador,
quebradora de coco, pescadora, pai de santo, pastor, gari, professor, diretor,
empresário, você idoso, jovem, adulto ou criança, vocês que pagam impostos, que
votam, ou que não votam, vocês cidadãos! A cidade não pertencia ao ex-prefeito
Irã Monteiro, e NÃO pertence à família Barros! A cidade de Central do Maranhão
tem um único dono: Os centralenses. Lembrem-se que os vereadores e o prefeito
são funcionários públicos pagos com nosso dinheiro, se as coisas não vão bem, cabe
a vocês mudar a situação. Vos deixo minhas sinceras esperanças e minhas
singelas orações. Deus vos abençoe.
Texto de Michael Amorim, blogueiro, estudante de Filosofia da UFMA e poeta nas horas vagas.
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